Mais uma suspeita contra o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV). Mesmo licenciado do cargo de deputado federal, Zequinha pediu reembolso da Câmara dos Deputados no valor de R$ 16,4 mil.

O pagamento para cobrir o pomposo cheque foi recebido pela Play Áudio Produções em 13 de maio, um dia após a sua nomeação, para que imprimisse 10 mil informativos de suas ações no mesmo mês, dentro da cota para divulgação da atividade parlamentar.

Como na família Sarney nada é por acaso e tudo tem uma ligação, “coincidentemente” a empresa beneficiada é de propriedade de uma pessoa que trabalhou na Secretaria de Comunicação do Maranhão durante os quatro anos de governo de Roseana Sarney.

O ministro justificou, afirmando que o serviço foi prestado pela produtora antes de seu afastamento e que o pagamento “coincidiu ter ocorrido” quando ele já estava licenciado do cargo de deputado federal. De acordo com o regulamenta, o reembolso só pode ser efetivado quando “o direito à utilização da cota se restringe ao período de efetivo exercício do mandato”.

A família Sarney já é acostumada a ter suas contas pagas pela União. Em 2009, quando era presidente do Senado, foi descoberto que Sarney recebia auxilio moradia no valor de R$ 3.800 mil mesmo tendo residência própria em Brasília.

Desde que assumiu o Ministério do Meio Ambiente, essa já é a terceira denuncia que surge contra Sarney Filho. Ele ainda é acusado de receber propina no valor R$ 400 mil do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e de nomear o cunhado, Samir Murad, irmão de Jorge Murad que é casado com Roseana em um “ato secreto”. O cunhado ganhará cerca de R$ 28 mil por mês.