Às vésperas de encerrar seu mandato à frente do Ministério Público do Maranhão, Eduardo Nicolau, procurador-geral de justiça, conseguiu preparar o terreno para seu sucessor, cuja nomeação agora aguarda confirmação pelo governador Carlos Brandão nos próximos dias.

O escolhido pela maioria do parquet foi o polido Danilo Castro, subprocurador associado ao gabinete do espetaculoso “guardião do dinheiro público”, envolvido em controvérsias ao longo dos quatro anos em que liderou o MP. As ações de Nicolau dividiram opiniões, seja pela aparente subserviência aos governos Flávio Dino e Brandão, seja pelas posições políticas tendenciosas que assumiu às vésperas das eleições de 2022.

Fontes do Marrapá consultadas nesta segunda-feira ressaltam que a relutância dos outros postulantes em desistir foi crucial para o sucesso de Danilo, já que a divisão dos votos da oposição ao atual procurador acabou favorecendo sua candidatura.

Apesar dos esforços de articuladores políticos, incluindo o desembargador Ney Bello, para alcançar um consenso em torno da procuradora de justiça Rita de Cássia Baptista, o promotor José Augusto Cutrim Gomes recusou-se a abrir mão, enquanto Márcio Thadeu preferiu aventurar-se na disputa. Juntos, os três candidatos receberam 438 votos, enquanto Danilo saiu das urnas com 189 votos, encabeçando a lista tríplice.