O vice-prefeito de Matões, Oziel Silva, se pronunciou sobre os áudios a ele atribuídos e que foram revelados pelo Marrapá na última semana. Em um grupo de WhatsApp, no final de semana, o político se limitou a dizer que seu número de celular teria sido clonado. 

Nos áudios que supostamente seriam de Oziel Silva, ele relata problemas com participantes do que seria um esquema de divisão de salários a partir de um contrato existente entre a Fundação Sousândrade e a Secretaria de Articulação Política (Secap) do Maranhão.  

“Elaine sabe de uma, e da outra, da outra. As três sabem que recebem. E tu disse que tem uma que tá dando problema aí, tem umas que tá dando problema. Camila, esse negócio só foi pra uma só pra essa pessoa aí, vamos ver se tem alguma coisa com ela”. 

Mais à frente, Oziel cita o nome da Fundação Sousândrade. “Eu mandei para o Léo lá que é a empresa, é uma receita da empresa. Sousândrade, se eu não me engano é Sousândrade”. 

Nas mensagens, Silva orienta a forma de driblar os órgãos fiscalizadores, fazendo uso de múltiplas contas bancárias. “Fica alternando. Não fica botando só na conta, não. Bota na da tua mãe… Fica alternando pra não ficar só, entendeu? É só ir alternando as contas. Não fica botando só numa não. Às vezes, saca o dinheiro e deposita no caixa. E segura. É assim. Não mexe muito em coisa de conta não”. 

O suposto desvio de recursos públicos teria sido utilizado abastecer campanhas políticas em 2022 e estaria prestes a se repetir em 2024. 

As suspeitas recaem sobre a relação entre a Fundação Sousândrade e a secretaria liderada por Rubens Pereira, cujo aliado Gabriel Tenório é pré-candidato a prefeito de Matões. A futura campanha do atual adjunto de Rubens na Secap seria uma das beneficiárias do esquema neste ano eleitoral. 

Procurada através de seus canais oficiais de comunicação, a Fundação Sousândrade não se manifestou.