ABUSO DE PODER

Paulo Victor denuncia promotor Zanony Filho por perseguição

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, Paulo Victor (PSDB), fez um extenso relato nesta segunda-feira (4) sobre perseguição que o vereador e o parlamento ludovicense estariam sofrendo do promotor de justiça Zanony Passos Silva Filho. Segundo o parlamentar, a pressão judicial teria começado quando o membro do Ministério Público do Maranhão teve indicações a ele atribuídas exoneradas da Câmara.

Paulo Victor expôs conversas e documentos, além de relatar um encontro em um restaurante da capital, onde o promotor teria pedido “cargos e valores para poder ajudar na resolução de problemas e poder se mostrar alguém parceiro na resolução de problemas e para que as coisas não se tornassem difíceis aqui na Câmara”.

Após se recusar a atender o pedido e romper relações, o promotor passou à intimidação contra o vereador, afirmando que ele estava sob investigação pelo Gaeco e seria alvo de busca e apreensão.

O promotor Zanony Filho chegou a enviar 22 notificações à Casa solicitando informações sobre repasses a uma ONG específica, que, semanas após, ensejaria uma operação do Ministério Público contra vereadores ligados a Paulo Victor.

“Está claro que ali começava uma condução maligna para que se perseguisse os vereadores desta Casa, para que se montasse uma operação para acabar com a reputação deste Poder e que, de todo modo, se deu início dentro da procuradoria do promotor Zanony”, acusou Paulo Victor.

Em seguida, foi aberta ação específica contra o vereador, com pedido de prisão, busca e apreensão, perda do mandato e sequestro de bens.

Paulo Victor anunciou que pedirá ao Conselho Nacional do Ministério Público, com base nas provas, o afastamento de Zanony de investigações contra o parlamento municipal. O presidente da Câmara também apresentará os pedidos ao Tribunal de Justiça do Maranhão.

“Isso não é um ato de coragem, é um ato de desespero, porque só Deus e a minha família sabem o que estou passando nos últimos meses”, declarou Paulo Victor. “Eu tenho certeza que nenhum juiz, nenhum desembargador, nenhum guardião do direito irá deixar acontecer impune medidas iguais a estas”, finalizou.

Zanony Filho se tornou conhecido pelos atestados de “boa conduta” que forneceu ao presidente da Emap, o baiano Gilberto Lins Neto, e ao deputado estadual Rafael Leitoa (PSB), limpando a barra dos dois em situações distintas.

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