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Pedido de prisão de José Sarney pode cair nas mãos de Sérgio Moro

O pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República foi um duro golpe para o ex-presidente José Sarney. Além do vexame de ter que se sujeitar a utilização de tornozeleira eletrônica depois de tantos anos de vida pública, a preocupação agora é que seu processa seja desmembrado pelo Supremo Tribunal Federal e caia justamente nas mãos do juiz Sérgio Moro.

Em princípio, Sarney não teria foro privilegiado. Seu caso será analisado pelo STF em razão da presença de outras pessoas que possuem o foro por prerrogativa de função. Caberá ao STF decidir se mantém o caso de Sarney sob sua jurisdição ou se envia para o juiz Sérgio Moro, em Curitiba. Para os advogados do ex-presidente, isso seria uma condenação antecipada.

Quem sabe muito bem disso, por exemplo, é o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu que tentou fugir das decisões do juiz que o condenou a mais de 20 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Situação parecida vive a ex-governadora Roseana Sarney. Apesar de também não possuir foro privilegiado será investigada no STF por ser suspeita de praticar crimes em conjunto com políticos detentores de foro. De acordo com o Ministério Público, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, em delação premiada, ter pago R$ 2 milhões para a campanha de Roseana Sarney. “Quem solicitou o pagamento de propina para a governadora Roseana Sarney foi o ministro de Minas e Energia Edison Lobão”, delatou Paulo Roberto Costa. Lobão é senador, e por isso, a investigação contra ele não tem como sair do STF.

Como o Supremo pode, ao julgar a denúncia, decidir pelo desmembramento do caso, remetendo para a primeira instância os nomes daqueles que não detêm foro, Sarney e Roseana podem a qualquer momento caírem nas mãos do implacável Sérgio Moro.

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