Notícia

Pelas mãos de Fernando Sarney, Antônio Américo encheu os cofres da FMF

O mês de julho se aproxima e, enquanto a maioria dos clubes de futebol brasileiro está focado na disputa de competições nacionais, o Campeonato Maranhense se arrasta a ponto de ainda não ter um vencedor.

A bagunça do nosso futebol pode ser explicada por uma séria de fatores como: falta de profissionalismo, organização e até mesmo empenho da Federação Maranhense de Futebol – FMF. Agora, dificuldade financeira é uma desculpa que não poderá ser usada, afinal, a entidade comandada pelo eterno Antônio Américo é campeã de recursos recebidos da Confederação Brasileira de Futebol.

A informação até surpreende, haja vista a penúria que os clubes locais vivem, muitos ainda trabalhando de forma amadora. Porém, o vice-presidente da CBF é nada mais e nada menos que Fernando Sarney, amigo próximo de Antônio Américo.

Segundo balanço da FMF em 2016, foi repassado R$ 1,73 milhão pela CBF quase o dobro do valor recebido pela Federação Carioca de Futebol (R$ 890 mil) com quatro clubes grandes na séria A do Campeonato Brasileira e responsável por organizar quatro divisões do Campeonato Carioca (série A, série B1, série B2 e série C). No Maranhão existe apenas a primeira divisão do estadual com oito clubes e , no ano passado, a “segundona” foi disputada em dois jogos entre Americano e Pinheiro.

De acordo com a FMF, os repasses são a titulo de “doação e subvenção”, já a CBF explica que os valores servem para o “fomento do futebol”, algo que não vem ocorrendo em nosso Estado. Chama a atenção o fato de essa quantia ser a mesma a todas as federações, no valor de R$ 75 mil mensais, mas alguns aditivos são acrescidos ao longo do ano. Ou seja, a FMF recebeu R$ 900 mil como de praxe e mais R$ 850 mil de bonificação, só justificado pela relação de Américo e Fernando Sarney. Contudo, esse investimento não tem sido revertido aos clubes e principalmente aos torcedores.

Fernando Sarney (E), Antônio Américo e o presidente da CBF Marco Polo Del Nero

Além disso, Américo vive alegando situação de penúria na FMF. Ano passado, chegou a assinar uma portaria diminuindo o expediente na federação para economizar na conta de luz e com material de trabalho, tudo devido à “crise econômica”.

Diante dos fatos e a revelação das cifras milionárias recebidas pela FMF, resta saber qual o problema para tanta desorganização e aonde esse montante de recursos está sendo destinado, pois para o “fomento do esporte”, ao que parece, não esta sendo.

Veja o balanço divulgado pelo blog do Marcel Rizzo do UOL

Repasse da CBF às federações em 2016 (em R$)

Maranhão – 1,73 milhão

Paraná – 1,62 milhão

Piauí – 1,49 milhão

Rondônia – 1,43 milhão

Mato Grosso do Sul – 1,38 milhão

Amazonas – 1,26 milhão

Acre – 1,16 milhão

Espirito Santo – 1,12 milhão

Mato Grosso – 1,075 milhão

Amapá – 1,050 milhão

Ceará- 1,050 milhão

Tocantins – 1,007 milhão

Bahia – 975 mil

Goiás – 975 mil

Minas Gerais – 975 mil

As federações do Pará, Sergipe, Paraíba, Roraima, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Alagoas, São Paulo e Pernambuco não especificaram quanto receberam.

Comentários estão desativados

Os comentários estão desativados.