O petista Márcio Jardim fez uma crítica ao que definiu como “afã midiático de muitos” ao falar sobre o atentado a tiros em um quiosque na madrugada desta quinta-feira (05) na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

“Tem de apurar e prender os criminosos que mataram 3 médicos no Rio; entre eles um irmão da dep. Fed. Samia Bonfim (Psol). Mas essa precipitação em politizar o crime só acirra ainda mais o ambiente político no BR. Para o bem da nação: é preciso conter o afã midiático de muitos”, escreveu o secretário de Educação de Maricá (RJ).

Mais cedo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, havia atribuído o atentado ao parentesco de uma das vítimas com dois deputados federais. O médico Diego Ralf Bomfim era irmão de Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado de Glauber Braga (PSOL-RJ). Por conta disso, Dino determinou o acompanhamento das investigações pela Polícia Federal.

A investigação conduzida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, no entanto, revelou uma interceptação telefônica dos suspeitos onde a motivação para o crime teria sido a suposta presença do filho de um miliciano rival naquele local.

Os executores teriam recebido a informação de que o filho do miliciano adversário, que atua na Zona Oeste carioca, estaria no quiosque, motivo que os levou até lá. Perseu Ribeiro Almeida, outro médico que estava no trio assassinado, teria sido confundindo com o alvo. Os suspeitos, então, abriram fogo contra a mesa e fugiram.

Marcos de Andrade Corsato era o terceiro médico que estava no quiosque após participar de um evento de ortopedia nas proximidades do local do crime. Uma quarta vítima, atingida pelos tiros, está internada em estado grave.