Operação Nonsense

PF apura fraudes de quase R$ 200 mi na educação em São Bernardo

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (16) a Operação Nonsense, que investiga um grupo criminoso acusado de inflar matrículas no sistema EducaCenso, do Ministério da Educação.O esquema serviria para desviar quase R$ 200 milhões em verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB).

Além da fraude no Censo Escolar de São Bernardo, no Maranhão, o grupo é suspeito de fraudes em licitações e contratos públicos. 78 agentes da Polícia Federal cumpriram 20 mandados de busca e apreensão em diversas cidades do Maranhão e Piauí, incluindo São Bernardo, São Luís e Paço do Lumiar.

De acordo com as investigações, o esquema consistia na inclusão de matrículas falsas, especialmente na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Entre 2016 e 2017, o número de alunos cadastrados aumentou 6.687%.

De 2021 para 2022, houve um novo aumento de 59%, o que chamou a atenção dos investigadores, já que São Bernardo teve o segundo maior aumento absoluto de matrículas nessa modalidade em todo o Brasil.

A Controladoria-Geral da União (CGU) calculou que, com base em números mais realistas de matrículas, o desvio pode ter alcançado R$ 194 milhões. O valor corresponde a verbas recebidas de maneira indevida pela prefeitura, que agora também enfrenta investigações por irregularidades em licitações e contratos relacionados ao uso do dinheiro do FUNDEB.

Se as acusações forem confirmadas, os envolvidos poderão responder por crimes como inserção de dados falsos, peculato, organização criminosa, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.

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