Abordagens suspeitas

Possível atuação política da PM em Bacabal coloca em risco a lisura da eleição

O empresário Luciano Suaris Farias afirmou ter sido detido pela Polícia Militar (PM) após participar de um comício do candidato a prefeito Marcos Miranda (União Brasil), na última terça-feira (17). Com adesivos da campanha e em posse de R$ 2.900,00, ele foi encaminhado a Polícia Civil para esclarecimentos.

A abordagem até então rotineira esbarra no histórico da corporação com o candidato rival, Roberto Costa (MDB). O comandante regional da PM, Coronel Marcos Túlio, é conhecido por sua ligação com o deputado estadual.

Ele já ocupou um cargo de assessoria no gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa. Além de fazer campanha em Bacabal, ele também já pediu votos para Eduardo Braide em São Luís, em 2016, mesmo ano em que se candidatou a vereador na capital, sem êxito.

Campanha de Eduardo Braide em 2016.

As alegações de excessos contra o opositor também são amplamente conhecidas. Em agosto, durante a época de convenções partidárias, a força de segurança alegou não ter como garantir a presença em dois eventos no mesmo dia, um deles o de Marcos Miranda. O candidato do União Brasil, aceitou adiar a reunião em um dia.

No entanto, mesmo após acatar a recomendação, o que sei viu foram diversas abordagens contra seus eleitores. “Nós não vamos nos curvar nem nos intimidar por causa de ameaças a ninguém. Temos Deus e o Povo do nosso lado!”, disse Miranda a época.

O somatório de ações questionáveis e a existência de uma ligação próxima entre um comandante e o candidato rival levanta dúvidas sobre o qual confortável a população está para exercer sua escolha no dia da votação sem medo de represálias.

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