A Prefeitura de São Luís segue buscando sanar os prejuízos deixados pelo ex-prefeito João Castelo (PSDB) nos cofres do município. Depois de uma ação de improbidade administrativa protocolada pela Procuradoria Geral do Município, em função da compra do VLT pela gestão passada, o juiz Cícero Dias de Sousa Filho, titular da 4ª Vara da Fazenda Pública de São Luís, determinou hoje (4) que a empresa Bom Sinal arque com os custos de manutenção do veículo e, ainda, pague o aluguel do galpão onde os vagões estão sendo guardados.

Castelo é o principal aliado da pré-candidata Eliziane Gama (PPS) e também responde por improbidade neste mesmo processo. O “elefante branco” que virou o VLT consumia milhões de reais mensalmente para ficar parado em um galpão.

O próprio juiz, confirma o que todo mundo dizia na época: a obra foi tipicamente eleitoreira. “A empresa Bom Sinal Indústria e Comércio, como vendedora do VLT, diante da inexistência de um planejamento executivo e orçamentário do Sistema-VLT, bem como a sua execução a poucos meses das eleições municipais de 2012, apontam, no mínimo, que foi conivente, com os graves indícios de ilicitudes alegadas na representação que somados ao abandono da obra logo após a derrota do gestor-demandado nas eleições, revelou intenção eleitoreira e inviabilizou a continuidade da obra pelo sucessor, sob pena de sua responsabilidade pelos atos”.

O VLT é parte do legado da gestão “Caostelo” como prefeito de São Luís, assim como foram os meses de salários atrasados, obras superfaturadas, hospitais sucateados e buracos por toda cidade. O gestor que gastou quase R$ 10 milhões em um VLT que virou folclore, agora quer voltar ao governo municipal com a benção da “irmã”.