Perrengue chique

Deputados, senadores, secretários e assessores parlamentares reclamam da ponte aérea entre São Luís e Brasília, especificamente às sextas-feiras, quando o voo de retorno às bases geralmente faz conexão em outros aeroportos em São Paulo ou Salvador. Certo mesmo faz o governador Carlos Brandão, que mudou de vez para Brasília e só vem ao estado de jato para cumprir agendas de governo. Assim como Flávio Dino, que costuma marcar as agendas do ministério da Justiça e Segurança Pública no Maranhão às sextas-feiras para fugir das passagens caras e pegar carona nos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Polícia Federal.

Duopólio

Em 2011, Dino afirmou que os deslocamentos entre São Luís e a capital federal violavam os “direitos humanos”. “Viva o duopólio da aviação brasileira”, costumava publicar nas redes sociais em tom irônico. De lá para cá, passou pela Embratur, foi governador duas vezes, eleito senador e ministro de governo. O problema, contudo, persiste.

Alerta amarelo

A relação entre a articulação política do governo Brandão e a base aliada atingiu patamares preocupantes na semana passada, principalmente após a informação publicada no Marrapá sobre a suplementação de R$ 90 milhões destinada pelo Palácio dos Leões ao Ministério Público do Estado, proveniente do acréscimo da arrecadação de ICMS, o que não condiz com o discurso de terra arrasada propagado por porta-vozes governistas para justificar o não atendimento das demandas de parlamentares e prefeitos aliados.

Mayday

Sobrou para o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária, Gilberto Lins, que terá que se explicar pela forma perdulária e injustificável como tem conduzido a gestão do Porto do Itaqui. O baiano participa de audiência nesta semana, capitaneada pelo deputado estadual Wellington do Curso, com o objetivo de explicar, entre outras coisas, o aluguel de um helicóptero por R$ 7,7 milhões.

Rolando lero

Na audiência, Gilberto Lins pretende atribuir a locação da aeronave às requisições de transporte offshore para atender à exploração de petróleo e gás da bacia Pará/Maranhão. Também fará menção às requisições operacionais, paramédicas e de segurança do Porto do Itaqui, coisas que, na prática, ficam a cargo das seguradoras das empresas que operam no local.

Dúvida cruel

O vice-governador Felipe Camarão aguarda o comando de Flávio Dino para se posicionar sobre a disputa eleitoral em São Luís, torcendo para não prejudicar os planos do governador Carlos Brandão. O petista mantém boa relação com Edivaldo Holanda Junior, de quem quase foi secretário de Urbanismo, no entanto, sofre pressões para subir no palanque de Duarte Júnior.

Cortejado

O Progressistas, do ministro dos Esportes, André Fufuca, é cortejado em São Luís por Eduardo Braide, Duarte e Edivaldo. A legenda, parte da base de sustentação do governo Lula no Congresso Nacional, possui estrutura, bases e tempo de televisão, contudo, ficou à vontade após a desistência de Paulo Victor da disputa pelo Palácio de La Ravardière, priorizando projetos em Imperatriz, Caxias, Lago da Pedra e outras cidades com prefeitos candidatos à reeleição.