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Roseana promoveu compra volumosa de livro misterioso sobre Joãosinho Trinta

Foi graças aos assessores e presidente da Eletrobrás, feudo dos Sarney desde priscas eras com extravagantes demonstrações, que Fábio Gomes pôs em 2008 um bloco na rua que o Maranhão nunca viu. Os exemplares de “O Brasil é um luxo – Trinta carnavais de Joãosinho Trinta”, patrocinado pela Oi com recursos captados pelo Instituto Mirante, mofaram em caixas de papelão nas dependências do Palácio dos Leões até o último dia enquanto Roseana Sarney esteve inquilina na sede do governo.

Procure no google uma notícia sobre o livro, e, por incrível que pareça, não encontrarás. Na internet, é possível encontrar a obra oferecida pela Editora Saraiva ao preço módico de R$ 149,00. Em sites de vendas de lojas de departamento e livrarias, como Fnac por exemplo, as ofertas são para encomenda. No acervo dos Faróis da Educação (antigos do Saber) deixados ao léu nos últimos do governo Roseana, e que ora são recuperados, nem por milagre se encontra um destes exemplares.

Promoter maranhense de pedigree, Fábio Gomes se derrama em mesuras ao empresário Fernando Sarney na edição com copyright (2008) do Centro Brasileiro de Produção Cultural Ltda, uma empresa que funcionava no Apeadouro em endereço coincidente à residência do empresário. A tiragem desta 1ª edição – e talvez única -, segundo informa a ficha catalográfica, foi de 2 mil exemplares. No governo Roseana, Gomes atuou como produtor da “Ópera Boi- Sonho cor de Rosa”, negociando com empresas multinacionais próximas aos Sarney.

Fernando Sarney é uma iminência parda do Instituto Mirante, assim como em diversos outros negócios da família. Pau pra toda obra, o instituto serve para ações beneficentes durante o natal e datas outras que tentam expiar as falhas do grupo político com o povo do Maranhão.

Não é pela ausência de luminares da intelligentsia brasileira que a obra deixam de atrair curiosidade. Textos em depoimentos do escritor Carlos Heitor Cony; do artista plástico Rubens Gerchman; do estilista paraense Lino Villaventura, do ator Sérgio Brito; dos carnavalescos Fernando Pamplona e Milton Cunha, e do compositor e ex-ministro da Cultura, o baiano Gilberto Gil, recheiam a edição. À maneira antiga, pode-se dizer que escreveram para o livro uma plêiade brasileira. Estão todos ali, jogando confetes merecidos ao maranhense que mais se destacou no carnaval brasileiro. Pena que o Maranhão não tomou conhecimento. Quer ver um desafio: Mande notícias de quem tem um deste livros e que não seja da roda da estimação ou de serviços prestados ao grupo. Haverá exceções.

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