Não tem sido pouco o trabalho que o advogado Kakay tem tido para defender o seu principal cliente, a família Sarney. Apesar de não acreditar na categoria, o ex-presidente precisa obrigatoriamente de um advogado pelo menos para assinar sua defesa. Hoje, Sarney divulgou mais uma nota dentre tantas que vai precisar para explicar as denúncias que pipocam contra ele e sua filha.

Apesar de dizer que nunca pensou em interferir na Operação Lava Jato, confirmou que possuía uma relação muito próxima com ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

“Quero esclarecer que Sérgio Machado gozava de minha absoluta confiança e frequentava assiduamente minha casa. Por ele tinha apresso (sic). Vendo um amigo em momento de desespero, prontifiquei-me a orientá-lo e cheguei mesmo a sugerir nomes que poderiam aceitar participar de sua defesa. Daí minha ressalva de que não desejava contato com seu advogado”, justificou.

Em relação a divulgação das conversas gravadas por Sérgio Machado, Sarney emitiu nota afirmando que nunca teve o objetivo de interferir nas investigações da Operação Lava-Jato.

“Jamais passou pela minha cabeça interferir ou envolver-me com a operação Lava-Jato, que, de minha parte, até hoje, só tem recebido manifestações de apoio”.

Sarney também disse que conversou com Sérgio Machado depois de muita insistência do delator.

“Diante da insistência sobre como poderia ajuda-lo e julgando que estava falando coloquialmente em minha casa, invoquei o nome do Ministro Asfor Rocha, que talvez fosse de seu conhecimento e que atualmente exerce a advocacia”, disse o ex-presidente, que pediu desculpas para os magistrados. “Peço desculpas ao Ministro César Rocha, que foi um dos maiores magistrados que passaram pelo STJ, bem como ao Doutor Eduardo Ferrão, por quem tenho grande admiração, pelo meu descuido, motivado pelo desejo de ajudar, que muito me amargura”, finalizou.