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Sarney Filho sofre criticas de manhã, de tarde e à noite

O Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV), tem enfrentado muitas dificuldades durante seus primeiros meses de gestão e se envolvido em diversas polêmicas. Nesta semana, voltou a ser alvo de assessores do presidente Michel Temer (PMDB) e apenas seu sobrenome o mantém no cargo.

A primeira polêmica foi por causa de um pronunciamento em rede nacional, no dia 2 de agosto, sobre queimadas. O planalto deu uma dura do ministro e mandou avisar que convocar rádio e TV é só em casos extremos. A crítica foi abafada para evitar problemas com ambientalistas. Mas, no fundo, o Planalto não gostou sequer da gravata verde do ministro. Em nota, a assessoria do Ministério do Meio Ambiente enviou a seguinte nota: “O Ministério do Meio Ambiente esclarece que o pronunciamento do Ministro Sarney Filho em cadeia nacional de rádio e televisão foi uma iniciativa da Secretaria de Comunicação do Governo Federal. A secretaria é a responsável por todas as ações da Campanha Nacional de Prevenção às Queimadas”.

Ontem, a nomeação do superintendente do Ibama em Tocantins, Luciolo Cunha Gomes, causou desconforto enorme no Governo Federal. Segundo denuncia do Jornal O Estado de São Paulo, em uma rede social Luciolo debochou do órgão em 2013, quando relatou estar comendo um animal silvestre e com “medo” de ser flagrado.

No seu post, ele revela um crime ambiental cuja pena varia de seis meses a um ano de prisão, além de multa: caçar e utilizar animais silvestres sem permissão das autoridades ambientais. Nos comentários da publicação, ele continua a fazer graça do Ibama ao dizer que “eles não sabem o endereço”.

“Se o Ministério do Meio Ambiente é para defender o Meio Ambiente, (…) a pergunta que não quer calar é: como pode ser nomeado um infrator das normas para Superintendente?”, questionou a Associação Nacional de Servidores do Ibama em sua página no Facebook.

O ministro Sarney Filho afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não tinha conhecimento do post. Informou que irá apurar e, se considerar procedente, desfazer a nomeação.

Essa não é a primeira nomeação que Sarney Filho faz e gera uma grande repercussão negativa. No mês de junho, foi à vez de Samir Jorge Murad, cunhado de Roseana que recebe R$ 11, 2 mil como diretor de administração e finanças do SFB (Serviço Florestal Brasileiro), órgão ligado ao MMA (Ministério do Meio Ambiente).

Sem falar, no envolvimento na operação Lava Jato por ter sido um dos beneficiados com as doações do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

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