O candidato a prefeito de São Luís, Wellington do Curso (PP), admitiu que possuí dividas tributarias com a Prefeitura de São Luís durante sua participação na Sabatina da TV Guará, na sexta-feira (2). O candidato WC não escondeu que sua “empresa” está no nome de parentes, tentou explicar a inclusão do Curso Wellington na dívida ativa do município em processos de execução fiscal e se esquivou de explicar porque não paga IPTU há quase dez anos.

O Curso Wellington, cuja razão social é Gradual Sistema Potencial de Ensino Ltda, está registrado em nome de Iracema de Castro Bezerra e José Carlos de Castro Bezerra. Em processos iniciados em 2012, a empresa foi condenada a devolver ao município os valores devidos de R$ 28.392,28 (atualizado para R$ 42.679,29) e R$ 8.950,50, de acordo com as certidões 135.741/11-75 e 20257/06, respectivamente. Segundo o candidato a prefeito, houve um divergência da empresa pelo valor cobrado pelo município. “Em 2010 a empresa passou por uma fiscalização da receita municipal e foi autuada por possível divergência do recolhimento de ISS, todo e qualquer cidadão ele pode discordar de um tributo e assim foi feito com a Gradual e assim foi feito com o Curso Wellington”, explicou.

O candidato foi questionado sobre o fato de ter uma dívida de R$ 130 mil de IPTU, mas WC se esquivou, e continuou falando sobre o processo de execução fiscal, o que mostrou um certo desconhecimento do tema direito tributário e administrativo pelo parlamentar. O deputado se limitou a dizer que discorda dos valores cobrados pelo município.

Visivelmente incomodado, como pode ser observado no vídeo, Wellington preferiu o caminho mais conveniente, questionou o vazamento da informação e culpou a Prefeitura. “Cabe uma ressalva, por que está se falando dessa dívida somente agora que eu sou candidato a prefeito de São Luís e saiu uma pesquisa do Ibope nos colocando em segundo lugar, com uma possível ameaça a atual gestão, ao atual prefeito? Por que essa exposição agora? E por que essa informação privilegiada? “.

WC prometeu processar os responsáveis por vazar essa informação, “inclusive já estamos tomando as medidas cabíveis administrativas e judiciais para que possa se verificar e identificar de onde vazou e como vazou essas informações restritas e empresariais”.

Por fim, se disse injustiçado. “Dívida não é sonegação fiscal”.

Assista o vídeo e tire suas conclusões.