IMORTALIDADE

Márcio Jerry comemora cadeira “de pai para filho” na AML

Sete anos após Flávio Dino se eleger governador do Maranhão com o discurso contra oligarquia, favores políticos e patrimonialismo, o comunista Márcio Jerry comemorou a escolha do líder Flávio Dino para suceder o próprio genitor na Academia Maranhense de Letras numa eleição “de pai para filho”.

“A cadeira 32, que foi de Sálvio, agora é de Flávio. Viva!”, postou o atual titular da Secretaria das Cidades nas redes sociais.

Deputado estadual cassado pela Ditadura Militar, Sálvio tinha seus méritos para exercer a imortalidade na AML: advogado, diretor jurídico da Famem, prefeito, romancista com uma lista extensa de obras, intelectual. Não é o caso do filho, que no máximo divide a autoria de livros jurídicos com outros juristas e se orgulha de ter assinado artigos escritos por terceiros publicados no Jornal Pequeno. Tweets agressivos e sentenças condenatórias não contam como produção intelectual.

A escolha de Dino como imortal dividiu a academia. E o governador maranhense só conseguiu chegar lá depois de recorrer a favores mortais do “oligarca” José Sarney. Ambos não deixam “restos a pagar”. Estão quites no que diz respeito a patrimonialismo político.

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