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Consórcio Nordeste em xeque: Documentos revelam detalhes dos R$ 48 milhões para respiradores que nunca foram entregues

O repasse de R$ 48 milhões, feito pelo Consórcio Nordeste para a compra de respiradores que nunca chegaram àqueles que foram vitimados de forma mais grave pela COVID-19, durante o período da pandemia, voltou ao debate público.

O consórcio, formado pelos nove estados da região, tinha como presidente – à época dos fatos – o governador da Bahia, Rui Costa (PT), e tinha em Flávio Dino (PSB), então governador do Maranhão, um de seus principais defensores e porta-vozes.

A fala de Jair Bolsonaro (PL), no debate do último domingo (16/10), na Band, que não teve resposta por parte do ex-presidente Lula (PT), motivou uma extensa reportagem, publicada nesta semana pela revista Veja.

São revelados, em detalhes, documentos como a liquidação de empenho dos valores e uma nota fiscal eletrônica, que comprova o recolhimento de impostos dos recursos.

Quem trouxe o material à tona foi a empresária Cristiana Prestes Taddeo, dona da empresa Hempcare – a “casa de maconha” citada por Bolsonaro. Para além de não ter expertise alguma no objeto do contrato, que era a compra de respiradores, o negócio era pequeno. Apenas dois funcionários compunham o quadro da empresa, além da proprietária.

Cristiana conseguiu o contrato após aceitar pagar 25% do valor total para intermediadores e lobistas ligados ao governador da Bahia, Rui Costa, do PT, que presidia o consórcio à época dos fatos.

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