Os trabalhadores do Porto do Itaqui, em São Luís, vão aderir, nesta terça-feira (22), a uma greve de 12 horas, em resposta às mudanças propostas no relatório da Comissão Especial de Portos (Ceportos).

A mobilização faz parte de um movimento nacional que visa protestar contra a possível revogação da Lei 12.815/2013, que garante direitos fundamentais da categoria, como a exclusividade dos trabalhadores portuários avulsos (TPAs) e a autonomia sindical.

Entre os principais pontos de crítica está a proposta de criação de uma empresa de terceirização de mão de obra, que pode enfraquecer o atual sistema de trabalho avulso, além da extinção das categorias de guarda portuária e vigias portuários.

A paralisação, que ocorrerá simultaneamente em outros portos do país, promete trazer impactos nas atividades econômicas, sendo o Itaqui um dos mais estratégicos para o escoamento de cargas no Norte e Nordeste.

Além da interrupção nos trabalhos, a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) enfrenta a iminente exoneração do presidente Gilson Lins Neto. Ele perderá o cargo após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu nomeações ligadas ao Governo do Estado por nepotismo.

Gilson é casado com uma sobrinha do governador Carlos Brandão e administra a companhia estatal desde março de 2023.