a última porta

Cappelli tentou EBC, mas foi barrado por alta cúpula do PT

Antes de pedir demissão e deixar o Governo Federal, antecedendo à saída de Dino do ministério, Ricardo Cappelli tentou uma última cartada: pediu a presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), responsável pela TV Brasil, rádios Nacional e MEC, e pela Agência Brasil. Ouviu um sonoro “não” como resposta de políticos como Gleisi Hoffmann (presidente do PT) e Paulo Pimenta (Secretário de Comunicação Social do governo Lula).

Ao contrário do que fez chegar à imprensa, de que não aceitaria outro cargo no Governo que não a secretaria-executiva do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Cappelli barganhou. Queria o posto exercido hoje pelo diretor-presidente Jean Lima, após a saída de Helio Doyle, demitido por ataques a Israel em outubro passado.

Pesaram contra as pretensões de Cappelli as posições duras contra o presidente Lula quando este estava na prisão em Curitiba, e Flávio Dino vislumbrava a ascensão à Presidência da República, atacando ferozmente blogs e portais ligados ao PT, que eram frequentemente classificados como “sujos”.

A postura perseguidora de Cappelli à época que chefiou a Secretaria de Comunicação (Secom) do Maranhão, privilegiando o poderoso Sistema Mirante em detrimento de veículos de imprensa alternativos, também foi levada em consideração pela cúpula do Partido dos Trabalhadores ao rechaçar a possibilidade.

A EBC tem um orçamento previsto para 2024 na ordem de R$ 742 milhões, vinculado diretamente à Presidência da República e não mais ao Ministério das Comunicações.

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