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Clã Sarney depende de Roseana para se manter em pé

O grupo Sarney ensaia um pacote de candidaturas para 2018. Apeado do poder estadual em 2014 com a eleição de Flávio Dino (PCdB), ganhou sobrevida com o golpe de Temer, subscrito pelo velho oligarca José Sarney. Nas eleições municipais o refluxo político dos Sarney se consumou com a medíocre eleição de um punhado de prefeitos pelo PMDB e partidos satélites do grupo. Para 2018, o clã coloca como carro-chefe a candidatura da ex-governadora Roseana Sarney, considerada o último trunfo na tentativa de frear a história.

É um blefe do clã. Na verdade, na verdade, Roseana tem outros planos para si. A família tem conhecimento que, devido a suas restrições físicas, seria missão impossível a filha do Senador encarar estrada na caça ao voto para retornar a ocupar o Palácio dos Leões, onde permaneceu por 12 anos longos e infrutíferos anos. Prefere algo seguro e calmo. Nesse sentido, uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão seria o caminho mais pavimentado.

Daí, o grupo estudar concretamente as condições de competitividade da governadora para reservar cativamente uma das 42 vagas do Legislativo estadual. Para ser plenamente eficaz, a estratégia montada teria ainda a seguinte arrumação: Sarney Filho candidato ao Senado e o Adriano Sarney disputando uma vaga na Câmara Federal. Como apêndice deste plano, o emaranhado na justiça Ricardo Murad viria também para disputar vaga na Assembleia, colocando a filha Andreia para fazer par com Adriano na corrida para Brasília. É claro que tudo isso precisa ser combinado com o eleitorado, calejado de sofrimentos acumulados por décadas de desmandos, falta de compromisso, negligência e, sobretudo, corrupção.

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