Carlos Brandão anunciou, na segunda-feira, a reforma da Praça do Sol, na Ponta D’Areia, área nobre de São Luís. Durante o anúncio, em evento no Palácio dos Leões, o governador alfinetou o prefeito Eduardo Braide, sugerindo uma suposta omissão da prefeitura em relação ao local.

“Praça é obrigação da prefeitura. Não é uma obra que o governo do estado tenha obrigação de fazer. Só que determinadas coisas a gente não pode esperar, porque aquela praça está muito feia”, justificou Brandão. Por trás da alfinetada do governador está a disputa pela execução da obra, acentuando a queda de braço que existe entre os dois principais palácios da Pedro II à véspera da campanha eleitoral.

Fontes do Marrapá na gestão Braide relatam que o governo “deu a volta” no Palácio de La Ravardière. O prefeito Eduardo Braide anunciaria a obra em maio. Era outro projeto, que custaria R$ 6 milhões, com duas superquadras, uma pista de skate, pet play, bosque, academia, pista de corrida e uma fonte luminosa dançante no meio do equipamento público. Contudo, as críticas da classe média às obras do Elevado de Bacabeirinha, construído na região, fizeram o executivo estadual se mexer para conter o desgaste junto ao eleitorado da capital.

O prefeito estaria indignado com a manobra do governo e avaliou acionar a Procuradoria-Geral do Município para embargar a obra, sob a alegação de que a construção será realizada numa área pertencente ao município. Braide ainda suspeita que empresários teriam passado a informação para o titular da Secretaria de Infraestrutura do Estado, levando o governo a se adiantar.

Eduardo Braide também questiona o valor da obra, cotada pelo governo Brandão em R$ 15 milhões.

O Marrapá teve acesso, com exclusividade, ao projeto que seria anunciado pelo prefeito e candidato natural à reeleição. Veja:

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