A Codevasf suspendeu os contratos relacionados a Eduardo DP nas cidades de São Luís, Bacabal e Vitorino Freire, no Maranhão. Segundo o jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, a ação foi desencadeada após a empresa Construservice ser alvo da Operação Benesse da Polícia Federal, que investiga suspeitas de fraudes em licitações, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, incluindo verbas federais da Codevasf.

A estatal havia firmado contratos entre 2019 e 2021 com prefeituras para a realização de obras em 12 municípios do estado, com um valor aproximado de R$ 15 milhões. No entanto, apenas R$ 257 mil foram pagos até o momento, devido a atrasos e falhas da empresa.

O presidente da Codevasf, Marcelo Moreira, emitiu um comunicado determinando a suspensão imediata dos contratos da Construservice na 8ª Superintendência de São Luís para uma análise minuciosa das informações disponíveis e avaliação das medidas a serem adotadas.

A Codevasf também ordenou uma auditoria interna abrangente em todas as contratações de prefeituras do estado investigadas por desvios, independentemente da empresa contratada. No total, são 11 convênios firmados entre 2011 e 2021.

A Construservice já estava proibida de firmar novos contratos com a Codevasf desde o ano passado devido aos atrasos nas obras.

O empresário Eduardo DP, também alcunhado de Eduardo Imperador, é considerado “sócio oculto” da empresa e possui conexões políticas com o ex-governador Flávio Dino, atual ministro da Justiça e Segurança Pública de Lula, e com a nova geração política que emergiu após a vitória do comunossocialista nas eleições de governador em 2014.