DISTÂNCIAS

Dino mais perto do STF e mais longe de sucessão

Os holofotes encontraram novamente o ministro Flávio Dino. “Sumido” desde o ressurgimento de vídeos e tuítes contra as urnas eletrônicas de um passado não tão distante, o titular da Justiça e Segurança Pública reapareceu para a mídia com desdobramentos das investigações do caso Marielle Franco, vereadora assassinada no centro do Rio de Janeiro em 2018.

Com isso, o ministro ganhou um trunfo importante para suceder Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal. Ele conseguiu emplacar uma pauta extremamente favorável ao governo federal, a primeira que o governo Lula pode chamar de totalmente sua.

O tema é caro ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e sua elucidação é um compromisso do petista com a família de Marielle, que tem a irmã, Anielle Franco, como ministra.

As investigações do caso só voltaram a ganhar fôlego após Dino determinar à Polícia Federal, em fevereiro, que se debruçasse sobre o assassinato da vereadora carioca e abrisse um inquérito, até então sob responsabilidade da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Para sustentar a chegada de Dino ao STF, aliados de Lula, que desejam ver o ministro no Tribunal e não na sucessão presidencial, alegam que o caso Marielle pode atenuar críticas da base ideológica do PT em relação à substituição de uma mulher por um homem na corte.

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