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Gamelas foram avisados que após a saída do reforço policial as ameaças voltarão, afirma OAB

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa participa hoje, 12, de uma reunião com a OAB, no município de Viana, para avaliar a atual situação dos índios Gamelas. Apesar da presença da Polícia Federal, Civil e Militar os indígenas ainda sofrem com ameaças e o clima é de tensão na cidade. No dia 30 de abril um confronto por disputa de terras entre agricultores, fazendeiros e índios no povoado Bahia deixou sete pessoas feridas.

O policiamento no entorno da aldeia Cajueiro do Piraí será por tempo indeterminado e uma equipe de servidores da Funai permanece no local. Crianças e adolescentes estão impedidos de frequentar a escola por questões de segurança. Os Gamelas  são constantemente hostilizados por pessoas que utilizam a estrada próxima a área de proteção. Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Rafael Silva, os índios foram avisados que após  a saída do reforço policial as ameaças voltarão.

O Governo do Maranhão desde o ano passado cobra a Funai para que área dos índios Gamelas seja demarcada, em contrapartida, a Fundação informou que enviou ao Governo do Estado uma consulta sobre a possibilidade de celebrar um “acordo de cooperação técnica” para tentar dar uma solução aos conflitos que envolvem o povo de etnia gamela e não índios que vivem na região. “Estamos abertos ao diálogo a fim de se buscar uma solução para o conflito e dirimirmos o tensionamento na região”, afirma documento encaminhado no dia 8 de maio.

Dos sete feridos no conflito do último dia 30, dois permanecem internados em São Luís: Aldely de Jesus Ribeiro e Jose de Ribamar. “Aldely passou por cirurgia nesta terça-feira (9). Ele teve as duas mãos praticamente decepadas, com fratura exposta também na tíbia e perônio e foi atingido por um tiro de raspão. José Ribamar também teve uma das mãos gravemente ferida com fratura exposta e aguarda cirurgia. Os dois, contudo, apresentam leve melhora e recuperam lentamente alguns movimentos das mãos”, informou a Funai.

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