Após a exoneração de Maurício Abreu Itapary do comando da superintendência do IPHAN no Maranhão, o escritor Joaquim Salles de Oliveira Itapary Filho decidiu renunciar à cadeira número 4 que ocupava na Academia Maranhense de Letras (AML).

Como pai do agora ex-superintendente do IPHAN, o escritor atribuiu a Flávio Dino, colega “imortal”, a saída do filho. No documento de renúncia apresentado, Itapary afirmou que seu filho foi exonerado “no curso da execução de memoráveis ações de restauro, preservação e promoção do patrimônio cultural do Maranhão, reconhecido pelos cidadãos de bem, mas odiado por autoridades que restauraram o mandonismo político no Maranhão e em 8 anos centuplicaram a miséria do seu povo”.

Ele completou dizendo: “E eu, na mesma data, deixo vaga a Cadeira 4 da Academia Maranhense de Letras, patroneada por Cândido Mendes de Almeida, da qual fui titular desde 07 de agosto de 1987 (36 anos), membro do Conselho do Decanato, ex-1º Secretário, Secretário-Geral e Presidente da centenária instituição cultural. Assim é no Maranhão”.

Não é a primeira vez que o escritor atribui ao ex-governador a demissão de parentes. Em 2015, Itapary culpou Flávio Dino pela exoneração de sua nora do cargo que ocupava na Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP). Joaquim deduziu, em longo texto publicado à época, que a saída da esposa de seu filho se deu pela amizade que ele mantém com o ex-presidente José Sarney.