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Janot deve dar início nesta semana a pedidos de abertura de inquérito contra Sarney

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, planeja enviar ao Supremo Tribunal Federal, até o fim desta semana, o pedido de abertura de inquérito Sarney e dos outros  políticos citados na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

O objetivo é que os requerimentos cheguem ao gabinete do relator da Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki, antes do recesso do Judiciário, que começa no dia 1º de julho. Cabe a Teori autorizar ou não a abertura das investigações.

Em delação, Machado citou que repassou mais de R$ 20 milhões em propina a José Sarney enquanto foi presidente da Transpetro. A delação já foi homologada pelo Supremo. Além de Sarney, foram citados os nomes do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL) e do senador Romero Jucá (RR).

De acordo com reportagem do Jornal “O Estado do São Paulo”, o ex-presidente da Transpetro também afirmou que o presidente em exercício Michel Temer negociou com ele o repasse de R$ 1,5 milhão oriundo de propina como doação para a campanha de Gabriel Chalita (PDT) à Prefeitura de São Paulo, em 2012, pelo PMDB. Temer nega ter feito o pedido. A eventual instauração de um procedimento contra o presidente em exercício pode esbarrar no fato de que a Constituição determina que o presidente da República não pode ser investigado ou processado por atos anteriores ao mandato vigente.

Em nota Sarney afirma: “Nunca recebi das mãos desse senhor nenhum centavo. Nunca discuti com os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá questão relativa a recursos financeiros. Não conheço nem nunca tive qualquer contato com os filhos do senhor Sérgio Machado nem com a pessoa por ele citada. Fico reconfortado pôr a Constituição que ajudei a fazer ser sábia ao entregar ao Supremo Tribunal Federal a guarda da Constituição, e não à Procuradoria Geral da República, Mantenho a decisão de processar o senhor Sérgio Machado para esclarecer a verdade e punir o delator. O seu objetivo foi utilizar minha biografia para dar amplitude a sua delação. O das ações cautelares humilhar-me e desrespeitar-me. As raízes desse procedimento estão na política do Maranhão”.

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