O entorno do Planalto se divide sobre os próximos passos após a indicação de Flávio Dino ao STF, na última segunda-feira (27). No entanto, segundo a Folha de São Paulo, uma ala mais proeminente deseja que o Ministério da Justiça e Segurança Pública seja desocupado antes de 13 de dezembro, com a escolha definitiva de um novo ministro.

Para estes, não é concebível que uma pasta tão importante fique sob interinidade, seja com o “aviso prévio” de Dino, seja com a deixada nas mãos do atual secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli.

Outra ala afirma que a saída de Dino antes da aceitação de seu nome pelo Senado Federal pode dar início a uma corrida desenfreada por um lugar na Esplanada dos Ministérios, tirando o foco da articulação política necessária para referendar o nome de Dino ao STF na Câmara Alta.

De qualquer forma, mudanças não devem acontecer antes de 5 de dezembro, quando Lula retorna de missões internacionais. O petista foi quem determinou, antes de partir, que Dino fique à frente do ministério até a sabatina.

Embora a sucessão de Dino na Esplanada já seja alvo de especulações de todo tipo, ninguém teria sido sondado para a vaga até o momento, garantiram interlocutores do presidente.