Falando à Folha de São Paulo, em entrevista publicada neste sábado (29), o ministro Alexandre Padilha sinalizou a possibilidade de Lula contemplar o PL com espaços no Governo Federal. De acordo com o ministro das Relações Institucionais, cargos federais nos estados poderiam ser ocupados por indicações de deputados e senadores da legenda que se juntassem à bancada governista.

“No caso do PL, nós temos um conjunto de parlamentares que, até por afinidade em seus estados, por posicionamento de não passar pano para os atos terroristas no dia 8 de janeiro, por terem votado tanto a Reforma Tributária quanto o marco fiscal e a retomada dos programas sociais. E temos todo o interesse em interagir, sobretudo nos estados, com a participação deles no governo”, disse o ministro.

O PL, embora mantenha em suas fileiras o ex-presidente Jair Bolsonaro, é um partido dividido. De um lado, estão os chamados “bolsonaristas”. Do outro, está a área fisiológica do partido, que navega ao sabor dos ventos e já se colocou à disposição de Luiz Inácio Lula da Silva.

É o caso dos quatro deputados federais do partido pelo Maranhão: o casal Josimar Maranhãozinho e Detinha, Pastor Gil e Júnior Lourenço. Eles chegaram, inclusive, a ser punidos por Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, pela afinidade com o governo Lula.