Os ministros Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e Juscelino Filho (Comunicações) foram novamente destaque da imprensa nacional por conta da utilização inadequada de voos da Força Aérea Brasileira para passar os finais de semana no Maranhão.

De acordo com o Estadão, em matéria assinada por Gabriel de Sousa e Tácio Lorran, Dino sequer se deu ao trabalho de justificar a maioria das viagens com o cumprimento de agenda oficial. Em 10 das 12 viagens que fez às sextas ou sábados com retorno a Brasília nas segundas-feiras, foi assim.

A assessoria do ministro alega que as viagens através de voos da FAB visam “preservar a segurança física e moral” de Dino.

Juscelino viajou menos. Foram três finais de semana no estado custeados pelos cofres públicos. Em dois deles, foram justificadas agendas oficiais. Uma delas foi para comparecer a uma cerimônia de posse no Ministério Público do Estado (MPE). O evento, no entanto, foi iniciado sem a presença do ministro, que chegou a São Luís cinco minutos após o horário programado para o início.

O Ministério das Comunicações justificou que o atraso não interferiu na presença de Juscelino no evento. Em todas as viagens, os compromissos do ministro foram marcados às sextas-feiras e o retorno a Brasília deu-se nas segundas-feiras subsequentes.

Também foram citados pelo jornal os titulares da Fazenda (Fernando Haddad), Saúde (Nísia Trindade) e Trabalho (Luiz Marinho). Haddad e Marinho chegaram a viajar acompanhados das respectivas esposas em voos custeados pelo Governo Federal.

A prática é passível de punição. Na última semana, a Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República puniu o ex-ministro do Meio Ambiente e atual deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) por ter abusado dos voos bancados pelo dinheiro público.