Nenhum dos candidatos à Prefeitura de São Luís sabe o que fazer com o elefante branco que é o VLT da gestão do ex-prefeito João Castelo. Quem mais avançou com a questão foi o atual prefeito, Edivaldo Holanda Júnior, que tem projeto em análise pelo governo federal e decisão na Justiça contra as empresas que executaram a “obra”. Mas nas últimas entrevistas concedidas pelos candidatos, o que se vê de propostas para o VLT chega a ser risível.

Para um, o VLT poderia ser uma espécie de trenzinho turístico pela Avenida Litorânea. Outro sugeriu, literalmente, mandar o VLT pelos ares, construindo trilhos suspensos para não precisar desapropriar imóveis e terrenos. Houve até quem sugerisse transformar o veículo em prisão.

Na prática, porém, poucas propostas com aplicabilidade efetiva e a bomba estoura mesmo é no colo da candidata Eliziane Gama, que tem como um de seus principais aliados o autor da ideia do VLT, o ex-prefeito João Castelo. A candidata, aliás, em vez de apresentar proposta, apelou para o que tem feito de melhor desde antes do início da campanha: acusar. Afirmou que a Prefeitura havia perdido o dinheiro da obra. A história não colou e Eliziane foi amplamente desmentida horas depois.

Moral da história: é fácil apontar o dedo, difícil é apresentar propostas. Ou, parafraseando a sabedoria popular, nenhum vento (ou VLT) ajuda quem não sabe nem para onde vai.