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PMDB do Maranhão deve anunciar rompimento com Governo Dilma

Ainda falta o anúncio oficial, mas o rompimento do PMDB aqui no Maranhão com o governo da presidente Dilma Rousseff já é dado como praticamente certo. A decisão pode sair na próxima semana, quando as principais lideranças do estado vão se reunir em São Luís. Essa posição vai servir para o encontro da executiva nacional, marcado para o dia 29, data que o partido definiu para dizer se continua ou não no atual governo federal.

O PMDB nacional já aprovou um comunicado que dava um prazo de 30 dias para os peemedebistas saírem do Governo Dilma. Outra atitude que aponta para esse rompimento é a declaração do ex-senador José Sarney, durante encontro com senadores do PMDB, ele declarou, “Acabou (o governo). É como Café Filho, Getúlio e Collor”, ao sinalizar sobre os movimentos que o partido deve tomar daqui pra frente.

Ontem (24), o PMDB do Rio de Janeiro avisou ao diretório nacional que vai votar pela saída do partido do Governo Dilma, assim como já havia anunciado o diretório do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Esse seria um duro golpe ao PT na tentativa de barrar o impeachment, hoje o PMDB possui 69 deputados federais de um total de 513.

Levantamento do jornal Zero Hora mostra que hoje dos 65 deputados que formam a comissão especial do impeachment 28 disseram ser favoráveis ao impedimento da petista, 12 se manifestaram contrários e 11 indecisos, quatro não se posicionaram e 10 não foram encontrados. No cenário atual a oposição precisaria de mais cinco votos para garantir a maioria simples de 33 votos a favor do afastamento da presidente. No PMDB dos oito membros da comissão especial quatro informaram que votarão a favor da saída de Dilma, dois alegaram estarem indefinidos e os outros dois não foram encontrados.

Do Maranhão são três deputados federais do PMDB, Alberto Filho, Hildo Rocha e João Marcelo. Desses, João Marcelo compõe o colegiado como titular e os outros dois como suplentes.

Nas últimas semanas, inclusive, o jornal da família Sarney deu amplo destaque as manifestações em prol do juiz Sérgio Moro e contra o atual governo federal.

O que se comenta no seio peemedebista local é que uma eventual saída de Dilma e a consequente ida de Michel Temer para a presidência da República daria novo fôlego ao grupo no Maranhão, na tentativa de retomar o poder no estado. Hoje a sigla está desgastada, seus principais líderes estão em volta de denúncias de corrupção e a nova geração não empolga. Enquanto isso, o governador Flávio Dino, bem ou mal, vai ganhando projeção nacional.

Sarney, como uma velha raposa, articula nas entranhas do poder, a saída do PMDB e para isso conta com o apoio irrestrito do vice-presidente. O próprio Flavio Dino, que de bobo não tem nada, já percebeu essa articulação e por isso vem defendo com unhas e dentes a presidente Dilma.

A semana de Páscoa veio para dar uma acalmada, porque a próxima semana vai ser quente na política nacional e estadual.

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