Dois anos e cinco meses depois dos ataques à ônibus por facções criminosas, São Luís voltou a viver cenas de terror e pavor por moradores. Na noite desta quinta-feira (19), homens encapuzados incendiaram pelo menos dois coletivos e tentaram queimar outros três.

De acordo com informações da Polícia Militar, os ataques aconteceram nos bairros Jardim Tropical, Vila Cafeteira (Maiobão) e na região da Marly Abdalla e Cidade Verde.

Segundo testemunhas, os criminosos estavam em motos e encapuzados. Devido aos ataques, as empresas de ônibus decidiram recolher os coletivos, e por isso muitos veículos passavam pelas ruas de luz apagada se dirigindo direto para as garagens. Toda a situação aconteceu por volta das 20h30 e por isso as paradas ficaram lotadas.

De acordo com a Secretaria de Segurança, ao longo do dia não houve qualquer ação sugerindo os ataques. Hoje, a PM realizou uma ocupação na Vila Conceição, região a onde existe uma briga entre dissidentes de facções.

Pelo WhatsApp, circulou alguns áudios de policiais que alertavam os colegas sobre a possibilidade de as viaturas serem alvos de bandidos. O pânico é geral entre a categoria, principalmente entre os PM’s.

Outro caso

Devido ao pânico geral, surgiu a informação que um policial havia sido baleado durante os ataques. De fato, um Policial Militar de Mirinzal foi alvejado por tiros na região do Cohatrac, mas devido a uma “rixa” antiga por conta de uma mulher, ele foi encaminhado ao Socorrão 2 e foi submetido a uma cirurgia.

Ataques em 2014

Em janeiro de 2014, após uma operação da Tropa de Choque da Polícia Militar no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, com o objetivo de diminuir as mortes no presídio, uma série de ataques a ônibus e delegacias foi deflagrada na cidade por duas facções: PCM e o Bonde dos 40.

A onda de terror acabou matando a menina Ana Klara, de seis anos, que teve 95% do corpo queimados. A mãe dela também sofreu queimaduras, além de Márcio Ronny, que ficou famoso por tentar salvar a menina Ana Klara. Na época 10 pessoas foram presas.