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Sarney na corda bamba

O voto do ministro Gilmar Mendes no início da noite de ontem, 09, absolvendo a chapa Dilma-Temer no processo de cassação no Tribunal Superior Eleitoral foi um alivio ao ex-presidente José Sarney, apesar do peemedebista já imaginar como votaria cada membro da corte.

A continuação do atual Governo Federal é o seu último resquício de poder, mas essa aparente “comemoração” não deve durar muito tempo, porque existem ainda 13 pedidos de impeachment protocolados na Câmara Federal.

Por um instante, com o voto do relator Hermamn Benjamim a favor da condenação, Sarney pode vislumbrar algo ao qual ele não experimenta a mais de 50 anos: o risco de ficar sem qualquer influência política. Ele sempre esteve ao lado de todos os presidentes ou com um aliado sentado na cadeira de governador do Maranhão.

Uma saída de Temer agora do Palácio do Planalto seria terrível para Sarney e poderia significar de imediato o fim do tratamento diferenciado ao qual tem recebido da Justiça nos processos que responde na Lava Jato, mesmo sem foro privilegiado.

Esta semana, além da “vitória” com a absolvição da chapa Temer-Dilma, o oligarca também garantiu a continuidade do mandato de Aécio Neves (PSDB) via João Alberto (PMDB), presidente do Conselho de Ética no Senado.

Na corda bamba, Sarney tenta se equilibrar em Brasília. No entanto, até o aliado mais otimista sabe que isso é uma situação momentânea e o futuro do “dono do Mar” é sóbrio.

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