Na semana passada, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) fez um discurso em defesa do Projeto de Lei 961/23, de autoria da deputada Luciene Cavalcante (PSOL), que caracteriza como improbidade administrativa o não pagamento do piso nacional do magistério. De acordo com a Lei da Improbidade Administrativa, o agente público responsável deve pagar multa e é proibido de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos por 4 anos. Em janeiro deste ano, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou o reajuste do piso salarial dos professores em 14,95%, elevando o valor de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55. No entanto, alguns gestores públicos têm resistido ao pagamento do piso.

Em contraste a isso está o município de Timon, que desde 2013 tem passado por um processo de fortalecimento educacional em todos os seus setores. Segundo a prefeita de Timon, Dinair Veloso, esse processo começou naquele ano, quando ela assumiu a secretaria de educação do município.

“Iniciamos esse processo com a reestruturação e requalificação de toda a rede de ensino. Investimos na formação continuada dos professores, implantamos um sistema próprio de avaliação e monitoramento, buscamos importantes parcerias, como a da Fundação Lemman e da Associação Bem Comum, e climatizamos todas as escolas da zona urbana e escolas polos da zona rural. Dessa forma, criamos um ambiente positivo para toda a comunidade escolar”, explicou Dinair Veloso, destacando que a valorização profissional é fundamental para manter os indicadores em alta.

“Nossa política de valorização não se limita a pagar rigorosamente em dia, mas também a pagar uma das melhores remunerações do país. Um professor de 20 horas, em carreira inicial, tem como menor remuneração 62% acima do piso do magistério. Já um professor de 40 horas tem sua remuneração inicial acima do piso em 37%. Além da questão salarial, que é importante, temos proporcionado espaços adequados para que os profissionais desempenhem seu trabalho”, disse Dinair Veloso.