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Todas as possibilidades estão abertas”, diz Neto sobre possível apoio de Dino e Brandão

Na entrevista à edição de domingo de um jornal local, o deputado estadual Neto Evangelista, do União Brasil, fez críticas à gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD) e se apresentou como alternativa para a sucessão em São Luís em 2024.

Em 2020, Neto foi decisivo para a eleição de Braide contra Duarte Junior (PSB) no segundo turno da disputa pelo Palácio de La Ravardiere. Neste ano, o parlamentar se coloca como nome com condições de unir os grupos brandonistas e dinistas em um só palanque contra o atual prefeito.

“Se pudéssemos ter apenas um candidato já no primeiro turno, seria o melhor dos mundos. Um candidato que una o grupo e que tenha condições de ganhar a eleição em São Luís. Não se inventa candidato”, afirmou o pré-candidato, que conta com a simpatia pessoal do governador Carlos Brandão e de porta-vozes do ministro da Justiça, Flávio Dino, além de estar em conversas com lideranças do PSB, MDB, PDT, PSDB e PSD.

Veja as declarações do pré-candidato sobre as movimentações para a eleição do próximo ano na capital:

– Qual é o status atual do seu projeto de concorrer à sucessão do prefeito Eduardo Braide?

– Esse projeto não é apenas meu. Tenho mantido diálogos intensos com várias forças políticas e com os cidadãos de nossa cidade. O sentimento que tenho encontrado é o da urgência de entrarmos na corrida eleitoral e conquistarmos a vitória. Infelizmente, as necessidades básicas não estão sendo atendidas em nossa cidade – faltam remédios nas unidades de saúde e hospitais, muitas crianças não possuem fardamento escolar, e nossa gestão é marcada por greves frequentes no sistema de transporte, além de inúmeros bairros com problemas de infraestrutura. Em resumo, a cidade não está operando adequadamente.

– Como você planeja solucionar os problemas da cidade?

– Minha intenção é restaurar os aspectos básicos de funcionamento e desencadear o potencial de crescimento intrínseco à nossa cidade. Sob a liderança do governador Brandão, já observamos um potencial explorado, notadamente durante o São João, quando o turismo cultural atingiu seu auge e a cidade prosperou. É lamentável como a população perdeu a capacidade de sonhar com grandes realizações para São Luís quando se trata da prefeitura. Estou aqui para provar que é possível. Posso garantir que a escassez não é de recursos, mas sim de gestão eficaz.

– Como você avalia a experiência de concorrer à Prefeitura de São Luís nas eleições municipais de 2020?

– Participar de uma eleição majoritária é crucial para o crescimento pessoal e para evitar decisões precipitadas, algo que tenho observado. Além disso, é uma oportunidade para estudar minuciosamente cada aspecto da cidade. Em 2020, talvez eu não estivesse totalmente preparado para vencer a eleição; naquela época, minha preparação estava voltada para ser um prefeito eficiente. Nosso plano de governo era ambicioso, porém realista, considerando sempre as limitações orçamentárias e financeiras da cidade.

– Existe a possibilidade de um candidato a prefeito pelo grupo situacionista ser escolhido por um consenso entre o governador Brandão e o ministro Flávio Dino?

– Todas as possibilidades estão abertas, e estou disposto a participar disso.

– Qual é a sua opinião sobre a ideia de lançar um único candidato da situação ou permitir múltiplos postulantes?

– Não pretendo entrar em debates sobre esse conceito de “consórcio de candidatos”, mas é claro que a melhor opção, se possível, seria ter apenas um candidato já no primeiro turno. Um candidato capaz de unificar diferentes grupos e que possa ganhar a eleição em São Luís. Não é o momento de criar candidatos. Já houve tentativas fracassadas duas vezes. A opinião das ruas deve ser ouvida, não apenas em termos de quantidade, mas também de qualidade.

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