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Vereador detalha suborno que o levou a jogar dinheiro em Cândido Mendes

O vereador Sababa Filho, de Cândido Mendes, narrou em detalhes a sua versão de como ocorreu todo o episódio que culminou na cena em que dinheiro foi jogado pela janela da Câmara Municipal na última sexta-feira (4). Ele mencionou nomes das pessoas que estariam envolvidas, desde a interlocução com o prefeito Facinho Rocha (PL), que teria tentado comprar o seu mandato, até o advogado que supostamente redigiu a carta de renúncia que ele rasgou em plenário.

“O Adson Manoel foi na minha residência no dia 4 de agosto pela manhã me buscar, nós viemos, inclusive ele desceu do carro que ele estava com a mochila com o dinheiro, entrou no meu carro, meus familiares todos estavam lá e viram. Ele entrou no meu carro, nós fomos para a porta da Câmara, lá ele me entrou o dinheiro, coisa que realmente eu não conferi que não tive tempo, mas supostamente na mochila teria R$ 250 mil reais que era o objeto do acordo. Naquele momento, o Adson ainda adentrou na Câmara, e eu segui para o plenário. Quando eu afastei dele, eu voltei no carro, peguei a mochila com o dinheiro e chamei dos policiais militares e pedi o acompanhamento”, relatou.

Sobre a ação de atirar as notas de dinheiro para a população, o parlamentar admitiu ter agido de forma irresponsável. “Foi o que julguei naquele momento. O meu ato pode até ter sido ilegal, mas foi um ato moral”, justificou.

Conforme a narrativa do vereador, a carta de renúncia foi redigida no escritório do advogado eleitoral Carlos Sérgio de Carvalho Barros, em São Luís, que atende diversos clientes na esfera política.

Após a repercussão do caso, o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Maranhão ingressaram no processo de apuração das responsabilidades de todos os envolvidos.

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