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Investigado na Lava Jato e no Petrolão, “Esquálido” quer que empresas banquem campanhas eleitorais

Em meios as discussões sobre a reforma política, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Edson Lobão (PMDB), tem feito de tudo para acelerar a apreciação da Proposta de Emenda à Constituição 113C/2015 que prevê o retorno do financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Nos próximos dias, ele deve nomear um relator para avaliar a proposta.

De acordo com assessoria do senador, a PEC deve ser levada para votação, tão logo fique pronto o relatório. A proposta trás entre seus tópicos a autorização para que partidos políticos recebam doações de pessoas jurídicas. O texto foi aprovado na Câmara e, se passar por duas votações no Senado sem alterações, poderá ser promulgado.

O objetivo de Lobão é muito claro: favorecer o PMDB no Maranhão e garantir sua reeleição. Afinal, o grupo Sarney, do qual faz parte, sempre obteve vitórias eleitorais ao custo de campanhas milionárias bancadas com dinheiro público e doações astronômicas de empresários. Não por acaso ele, Sarney e Roseana são investigados na Operação Lava Jato pelo recebimento de propina que, entre outros objetivos, servia para o financiamento de campanhas eleitorais.

A PEC surge como alternativa em relação a criação do fundo eleitoral, agendado para votação amanhã, 22, na Câmara Federal. Os defensores  acreditam que a reação negativa em torno do fundo público possa servir de combustível para que a ressuscitação do financiamento privado ganhe adesão, destacou o senador Armando Monteiro (PTB-PE), integrante da CCJ do Senado.

Para valer nas eleições de 2018,  tanto o fundo público como a volta do financiamento empresarial precisa de aprovação nas duas casas legislativas até o fim de setembro.

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