O desespero de alguns candidatos à reeleição em municípios maranhenses é tamanho que muitos políticos têm apelado para pesquisas que mostram dados muito distantes da realidade. Sem compromisso com o eleitorado e insultando a inteligência da população, tais políticos recorrem a institutos de pesquisas que se sujeitam a manipular os dados das pesquisas.

Em Trizidela do Vale, não foi diferente. Após realizar diversas pesquisas e constatar o crescimento da candidata à prefeitura pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), Kariádine, o prefeito Fred Maia, encomendou uma pesquisa ao Instituto de Opinião Pública (Inop). Nas pesquisas, Kariádine e Fred estavam empatados tecnicamente. Para o desespero de Fred, a última pesquisa realizada no início de setembro mostrou que Kariádine havia o ultrapassado, com quatro pontos de vantagem.

Desesperado, com processos abertos na Polícia Federal e no Ministério Público Federal, Fred recorreu à pesquisa encomendada que apresentou um resultado muito diferente da realidade da corrida eleitoral da cidade. Neste ano de 2016, o instituto tem três pesquisas sob suspeita de manipulação nos munícipios de Zé Doca, Buriticupu e Santo Antônio dos Lopes.

Pesquisas do Inop sob suspeita de manipulação

Envolvidos em diversos casos, sob suspeita de manipulação e alteração de resultados, o Instituto de Opinião Pública (INOP), com sede em São Luís – MA, tem sido um dos institutos mais procurados para que tal ato seja cometido. Já são sete casos desde a eleição de 2012 e alguns processos na Justiça. O que chama a atenção nas pesquisas elaboradas pelo INOP é a diferença de percentual em relação a outras pesquisas realizadas por outras instituições.  Em todos os casos, o contratante, sempre é o beneficiado.

Nas eleições de 2012, em três municípios maranhenses, o instituto apresentou pesquisas em que o candidato contratante do serviço, apresentava percentual acima de 50%. Em dois, dos três casos, os candidatos adversários reverteram a situação, os dois municípios a que este post faz referência são: São João dos Patos e Mata Roma. Também há suspeita em Anajatuba, Gonçalves Dias, Buriticupu, São Benedito do Rio de Preto.

No mesmo ano de 2012, a empresa foi impedida, por decisão judicial de publicar os resultados de uma pesquisa no munícipio de Arari, também por suspeita de irregularidades.