editorial

A falta de ‘semancol’ de Flávio Costa

O advogado Flávio Costa, mais uma vez, se envolve em batalhas jurídicas pelo poder. Colocado no papel de “bucha” pelo governador Carlos Brandão (PSB), o nobre operador do Direito se engaja em mais uma guerra inócua, desta vez para acompanhar o amigo Daniel Itapary no TCE. No entanto, essa tentativa pode custar o cargo vitalício aos dois.

Antes de pleitear a sucessão de Washington Oliveira no antigo Palácio Roseana Sarney, Costa teve que se retirar da disputa pelo Quinto Constitucional do TJ maranhense. Sonhando em tornar-se desembargador sob as bênçãos de Brandão, Flávio tornou-se personagem de um PowerPoint exibido para o mundo todo pelo YouTube, desenhado pelo desembargador Paulo Velten, para comprovar sua inexperiência para ascender à Corte estadual.

A insistência pelo nome de Flávio Costa, apoiado pelo Palácio dos Leões e pelo presidente da seccional maranhense da OAB, causou a paralisação do processo, que só deve retomar agora com a saída “voluntária” do advogado.

Agora, Flávio mergulha a Assembleia Legislativa em uma crise de consequências imprevisíveis. Já são duas ações de inconstitucionalidade remetidas a Brasília para travar o processo de sucessão do conselheiro Washington “Macaxeira” Oliveira, que conta os dias para a aposentadoria.

Embora seja alguém do seio da família Brandão, Flávio Costa deveria ter a nobreza de se retirar da disputa sem que a situação anterior, do interminável processo do Quinto, se repita.

As atividades advocatícias rendem o suficiente para que o dinheiro não seja um problema, fora a atuação eleitoral, que lhe garante trabalho extenuante a cada ano par, como este 2024 que apenas se iniciou.

Resta esperar que Flávio Costa tome uma boa dose de “semancol” e evite o ineditismo de comprometer os três poderes do Maranhão em interesse próprio, além da desnecessária exposição pessoal.

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