O passado recente foi inglório com os Sarneys, isso é fato. Entretanto, o presente consegue fazer vislumbrar um futuro de glórias como aquelas cinquentenárias já vividas. O grupo que se afastou do poder no ano de 2014, após uma década de acusações de ter sido ele o responsável pela realidade socioeconômica do Maranhão – que persiste em boa parte até os dias atuais – encontrou abrigo sob Carlos Brandão e teve novamente as portas abertas para o Palácio dos Leões.

Se enfrentaram a oposição do ex-aliado José Reinaldo Tavares e dos vitoriosos opositores Jackson Lago e Flávio Dino, não tiveram nenhuma resistência do governador de turno quando este ascendeu ao poder.

Após ser enxotado dos Leões, o clã retornou aos poucos. Teve de volta o comando da Sinfra, assumiu o controle da MOB, voltou a Brasília com Roseana Sarney tornando-se deputada federal e, como capítulo mais recente, filiou aquele que é considerado o principal “gerente” do atual governo do Maranhão: Marcus Brandão.

A remontada começou bem antes, é verdade, e foi pavimentada pelo mais virulento de seus críticos. Quando Flávio Dino quis satisfazer a vontade pessoal de suceder o pai na Academia Maranhense de Letras (AML), foi ao decano José Sarney que ele procurou e beijou as mãos. Novos gestos de cortesia lhe abriram as portas do Sistema Mirante, onde antes o atual ministro sequer tomava água, além do apoio na campanha vitoriosa ao Senado Federal.

Talvez José tenha visto neste novo Flávio o Sarney das décadas de 60 e 70, que conquistava a hegemonia no Maranhão e preparava voos que o levaram à Presidência da República.

A mansão dos Sarney em Brasília ganhou um novo frequentador, a política maranhense emplacou mais um nome no cenário político nacional e o tempo segue seu caminho. Nem quem bateu, nem quem apanhou, faz questão de olhar para o retrovisor.

E o futuro se mostra mais sorridente para aqueles que foram humilhados e agora trilham o caminho da grande exaltação. Quem sabe já em 2026…