A chegada apoteótica de Marcos Brandão ao comando do MDB maranhense foi testemunhada por muitos e ignorada por outros tantos. Se deputados, secretários e até representantes do Governo Federal fizeram questão de prestigiar o irmão do governador, figuras tão importantes quanto sequer fizeram menção ao ato da tarde de sexta-feira (1).

Os principais atores políticos do momento marcaram presença, como a presidente da Alema, Iracema Vale (PSB), e o ministro André Fufuca (Esporte). Entremeados a eles, deputados estaduais como Roberto Costa (MDB), Ricardo Arruda (MDB) e Francisco Nagib (PSB), deputados federais a exemplo de Duarte Júnior (PSB) e Cleber Verde (MDB) — recém-chegado que defende o apoio do partido em São Luís ao prefeito Eduardo Braide (PSD) —, secretários do primeiro pelotão de Carlos Brandão, como Rubens Pereira (Articulação Política), Luís Fernando (Secretário-geral) e José Reinaldo Tavares (Desenvolvimento), entre outras lideranças regionais.

Não menos importante, a alta cúpula do sarneyzismo, que entregou seus últimos sonhos nas mãos do irmão Brandão, compunha a primeira fila. Ali estavam a deputada federal Roseana Sarney e o ex-senador João Alberto, representando o clã. Mais afastado, o sobrinho de Roseana, Adriano Sarney, representava o Partido Verde que um dia foi de Sarney Filho, seu pai, hoje exilado em Brasília e longe do debate local.

Outros guardaram distância similar. Flávio Dino delegou o convescote ao seu secretário-executivo, Ricardo Cappelli. Brandão, em agenda, mandou seu vice Felipe Camarão (PT). Deputados estaduais como Rodrigo Lago (PCdoB) e Carlos Lula (PSB) sequer fizeram menção ao ato. Os deputados federais Márcio Jerry (PCdoB) e Rubens Pereira Júnior (PT), tampouco.

O gesto de união desunida tende a ser um retrato do que serão os próximos embates eleitorais, em 2024 e 2026. Bem-vindos ao futuro.