O vereador Fábio Câmara (PMDB), durante entrevista ao programa “Ponto e Virgula” da Rádio Difusora, nesta segunda-feira (10), expôs toda sua revolta pela denúncia de racismo por parte de um professor da UFMA contra o candidato Eduardo Braide (PMN).

Braide é acusado pelo professor Pedro Nery, conhecido como Pedro Grafit, de ter o chamado de “preto urubu”. O caso aconteceu em 1992, quando Pedro lecionava no Colégio Reino Infantil. “Ele não estava agindo como devia em sala de aula e eu o coloquei para fora da sala de aula e ele disse que ia dar de sapato na minha cara e me chamou de negro urubu”, desabafou.

Como representante do movimento negro na Câmara de São Luís, Fábio cobrou explicações do parlamentar e disse acreditar na história do professor. “Eu não posso imaginar que o Braide em 1990, seja o mesmo Braide que amadureceu sobre essa questão. O racismo por si só é abominável, racismo por si só é uma anomalia é uma doença crônica é uma falta de informação. Eu não tenho porque desconfiar do professor, um homem que estudou que eu conheço a distância”.

O vereador lembrou que São Luís tem predominantemente uma população formada por negros. A partir de uma declaração dessas, a situação de Braide deve ser reavaliada. “Se for realmente verdade isso que estão dizendo…não pode representar uma população negra, são 700 mil negros em São Luís, nós somos a terceira maior população negra, se ele não gosta do nosso povo, ele não gosta da nossa cultura e não gosta da nossa gente”.

Outra situação questionada pelo peemedebista, foi sobre o pedido do PMN ao Tribunal Regional Eleitoral para alterar o tempo de televisão de dez para cinco minutos. “Primeiro nós precisamos saber em que Braide nós iremos votar, nós não, o povo de São Luís. Porque o Braide que foi apresentado a nós aqui em São Luís, foi o Braide que pedia pra ir ao segundo turno que o tempo de televisão seria igual, nós temos um outro Braide que também foi ao Tribunal pedir para diminuir o tempo, que Braide é esse? É Braide pai ou Braide Filho?”.

Por fim, Fábio acusou o deputado de bancar sua campanha através do pagamento de emendas pelo Governo do Estado.”Tu acha que alguém paga emenda para deputado de oposição para que não esteja na caderneta do governador? Que independência é essa?”.