Deficitário, jornal O Estado do Maranhão precisa ser carregado pela TV para se manter
Sem a injeção de dinheiro público de anos anteriores, a situação financeira do Sistema Mirante de Comunicação vai de mal a pior. Mesmo com os cortes no número de funcionários, a empresa não consegue manter o equilíbrio financeiro. Em janeiro, fevereiro e março o EMA fechou o balanço no vermelho, com mais despesa do que recurso em caixa.
Ao longo dos quatro últimos anos em que Roseana Sarney foi governadora do Estado, o cofre do jornal da família dela (do qual ela também tem cotas em ações) recebeu nada menos que R$ 10 milhões em publicidade oficial (editais, comunicados), cerca de 25% do faturamento do jornal. O valor aumenta se inclusos as campanhas do governo.
O valor destinado ao jornal da família foi tão grande, que somado o repasse de todos os outros jornais do Estado, a cifra alcança apenas a metade do montante. Com o fechamento da torneira de recursos públicos, a despesa do jornal O Estado do Maranhão tem sido bancada pela TV Mirante, único veículo do sistema que ainda está fora do vermelho, graças a força da Rede Globo.
A publicidade da TV também está ajudando a bancar as rádios do grupo, deficitárias e sem credibilidade. Um fonte do sistema ouvida pelo blog prevê que mesmo a TV não aguentará a sobrecarga. Entre 2011 e 2014 o veículo da família Sarney também foi alimentado com recursos públicos, com aporte anual de R$ 40 milhões.
Sem as tetas do governo o mais provável que a vaca vá pro brejo.
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