Ministério Público do Maranhão: cego, surdo e mudo para os malfeitos dos Sarney
Conduzido como nenhum outro pela procuradora-chefe Regina Rocha, o Ministério Público do Maranhão continua a se fazer de cego, surdo e mudo diante das graves suspeitas de corrupção relacionadas aos governos de Roseana Sarney (PMDB).
Pelo menos que se saiba, não há qualquer registro de providência do MP sobre o caso de corrupção no precatório da Constran, onde toda a cúpula do governo anterior é acusada de aceitar R$ 3 milhões em suborno do doleiro Alberto Youssef para autorizar um pagamento irregular que causaria prejuízo de R$ 130 milhões ao estado.
Da mesma forma que permanecem nas profundas gavetas do parquet maranhense as suspeitas de desvios de recursos públicos da saúde estadual na gestão do ex-secretário Ricardo Murad, cunhado de Roseana, fundamentadas nas diligentes auditorias encaminhadas pela Secretaria de Transparência do Estado.
Talvez na embolorada gaveta que descansa até hoje o famigerado escândalo dos convênios fantasmas assinados pelo ex-secretário Fernando Fialho, sem que nenhum envolvido no caso tenha sido punido pelo desvio comprovado de quase meio bilhão dos cofres públicos.
E nem adianta alegar que a isenta Regina Rocha é parente do deputado federal Hildo Rocha (PMDB), ex-secretário de Roseana, que de tão subserviente às causas que defende ganhou da imprensa nacional o apelido de “pit bull” do obscuro presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).
Não seria prudente dizer que uma mera questão genética influenciaria na atuação da atarefada procuradora. Assim como pensar que a leniência de Regina com os malfeitos dos clãs Sarney e Murad tem a ver o fato dela ter sido conduzida ao cargo por força e obra da ex-mandatária do Maranhão.
Até por ofício, o Ministério Público do Estado tem o dever de dar encaminhamento à pilha de denúncias que se amontoam nos arquivos do órgão sem que qualquer diligência seja tomada. E, com certeza, quando isso acontecer, a procuradora-geral estará à vontade para passar a navalha na própria carne.
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