Desde a semana passada, o deputado estadual César Pires (PV) tem feito um esforço hercúleo para justificar os erros cometidos pelo deputado federal Eduardo Braide (PMN), quando da criação do Fundo Estadual de Combate ao Câncer (FECC).

A crise no Hospital Aldenora Bello suscitou um debate sobre a utilização dos recursos do FECC, e, de forma oportunista, Eduardo Braide aproveitou para aparecer para a população de São Luís como defensor da causa.

Desmascarado o erro de Braide na formulação do Fundo, – de acordo com a redação escrita por ele, os recursos só podem ser usados para prevenção, e o Aldenora Bello está precisando de verba para ações curativas – César Pires iniciou uma verdadeira cruzada para defender o deputado federal.

Ele tem ocupado seu tempo na tribuna da Assembleia Legislativa para tentar justificar, de todo jeito, que a verdadeira culpa pela não liberação dos recursos do FECC é do governo do Estado, e não de um erro do deputado Braide.

O problema é que a verborragia utilizada por César Pires não tem dado certo, e mais parece uma tentativa de justificar o injustificável, já que as versões vão mudando de acordo com o aumento do desespero em querer tirar a culpa de quem realmente a tem.

A preocupação em se explicar demais demonstra que a subserviência de Pires a Braide só faz remeter ao velho ditado popular: “quem muito se justifica, acaba tropeçando na própria mentira”.