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Roseana Sarney e a falácia das grandes obras em São Luís

Enciumados com o pacote de intervenções realizadas pelos governos de Flávio Dino (PCdoB) e Edivaldo (PDT) em São Luís, num volume como há muito tempo não se via, editores do pasquim O Estado do Maranhão – possivelmente inflamados pela patroa Roseana Sarney (PMDB) –nbsp;buscam a todo custo atribuir à ex-governadora os méritos pela construção de grandes obras na capital.

Medíocre desde a primeira linha, um editorial publicado nesta terça-feira (05) nas páginas do matinal oligárquico chega à irracionalidade de comparar o saldo de 14 anos de governo Roseana com os feitos de pouco menos de 3 anos de governo Dino. E olha que sao muitos.

Segundo o texto, replicado exaustivamente por blogs de porta-vozes do clã Sarney com a óbvia intenção de manipular a opinião púbica, a filha de José Sarney (PMDB) seria um espécie de “JK maranhense”, uma grande tocadora de obras, responsável pela construção de diversas vias e dos viadutos da Cohama, Cohab, Calhau e Ivar Saldanha.

Roseana, no entanto, nada tem a ver com o elevado da Ivar Saldanha, batizado com o nome da cantora Alcione Nazaré. A obra, projetada para dar fluidez do trânsito na Avenida dos Franceses ainda na década de 2000, é de iniciativa do governo Zé Reinaldo (PSB).

Ao contrário do que os jornalistas do Sistema Mirante de Comunicação tentam fazer parecer, a patroa deles também não tem relação com a construção da Avenida IV Centenário, assim como não inaugurou a Avenida Litorânea, o projeto Reviver, o Viaduto do Café ou projetou a Avenida Ferreira Goulart – iniciada pelo ex-governador Luiz Rocha.

A Litorânea, a bem da verdade, foi inaugurada por Edison Lobão (PMDB), reurbanizada no governo Zé Reinaldo e reformada, mais recentemente, pelo governo-tampão de Arnaldo Melo (PMDB).

O editorial ainda tenta colocar na conta de Roseana a duplicação da estrada de Ribamar. A MA 201, no entanto, é legado de Luís Fernando Silva (PSDB), traçada e executada no primeiro mandato dele à frente do município balneário.

Roseana até poderia ser lembradas por grandes obras, mas por obras que nunca saíram do papel ou deram grande prejuízo ao povo maranhense, como a Refinaria de Bacabeira, a Usimar, o projeto Salangô, a estrada entre Paulo Ramos e Arame etc.

Mas esta, como diz o outro lá, é outra história.

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