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Wellington do Curso ensaia aproximação com a oligarquia Sarney

Disposto a entrar nas eleições deste ano fortalecido, o deputado estadual e pré-candidato à Prefeitura de São Luís, Wellington do Curso, tem procurado pessoas ligadas à família Sarney para garantir o apoio do PMDB no pleito de outubro. Com uma postura independente ao Governo do Estado e adversário declarado do prefeito Edivaldo Holanda Júnior, ele já é visto como uma boa opção para a legenda sarneyzista.

Desde que iniciou seu mandato, o parlamentar tem sido uma figura solitária, embora ambiciosa. A chegada ao PP pode ter sido um erro estratégico, diante do lamaçal que virou a legenda desde que Waldir Maranhão assumiu a presidência interina da Câmara Federal e começou a disputa interna com Andre Fufuca que conseguiu tomar o partido para si. O problema é Wellington foi alçado à presidência municipal do PP pelo jovem deputado, que dias depois ficaria sendo alvo de piadas nacionalmente por chamar o deputado federal afastado, Eduardo Cunha, de “papi”, ou seja, ter como padrinho político Fufuquinha não seria um bom negócio.

O PMDB foi um caminho que Wellington percebeu logo após a sua desfiliação do PPS, na época o vereador Fábio Câmara chegou a convidá-lo para se filiar ao partido. Com o objetivo claro de ser candidato a prefeito e com a disputa interna do PMDB entre o próprio Fábio e a deputada Andrea Murad, ele percebeu que não teria caminho para uma candidatura e apenas por isso seguiu para o PP.

Agora a situação é diferente, o PMDB decidiu pela candidatura própria de Fábio que não tem muito apoio da família Sarney e principalmente não deslancha. O vereador não consegue atingir dois dígitos em qualquer pesquisa, isso a quatro meses da eleição. Com o desejo de voltar ao Governo, o comando da Prefeitura seria fundamental, e por isso algumas alas do partido já enxergam com bons olhos uma aproximação com Wellington. Do outro lado interessado, o deputado sabe que uma candidatura isolada não teria futuro ele precisa do tempo de televisão do PMDB, de financiamento e também de “padrinhos” com história e conhecimento.

O parlamentar goza de bom trânsito também porque nunca fez qualquer tipo de crítica a ex-governadora Roseana Sarney, por exemplo, e até aqui havia preferido fugir dessa dicotomia de “sarneyzistas x anti-sarney”. Por um futuro mais promissor e pela longevidade na carreira, ele decidiu vestir uma dessas camisas com a marca Barrica na etiqueta. Agora, se vai ser um movimento de mestre ou um mais um passo em falso, isso só o tempo dirá. O certo é que o deputado vai ter que fugir do rótulo da corrupção que tanto lembra o PP assim como o PMDB.

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