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A interdição do Mercadão Meneses e a derrocada do “mais barato do país”

A Vigilância Sanitária decretou, nesta semana, a interdição parcial do supermercado Mercadão Meneses, localizado no Maiobão, em Paço do Lumiar, após denúncias de irregularidades no acondicionamento de alimentos e na estrutura do estabelecimento.

O episódio marca o fim do varejista que ficou conhecido em todo o Brasil como o “mais barato do país” e que foi um dos pioneiros na venda de produtos a granel no Maranhão.

Na década passada, o Meneses ganhou destaque nas páginas do noticiário econômico do país, que se impressionava com seus R$ 6 milhões mensais de faturamento e com a ousadia de concorrer com o bilionário Ilson Mateus, que, em 2011, já despontava como um promissor supermercadista do Maranhão com 22 lojas e faturamento acima dos R$ 2 bilhões anuais.

“Ele tem uma clientela fiel”, afirmava Mateus sobre a concorrência. “O Meneses não faz contas, age por instinto de comerciante”, dizia ao conhecer, in loco, as prateleiras do concorrente.

Na época, impulsionado pelo crescimento do poder de compra das classes C e D, o Meneses parecia ter um futuro promissor. O tempo, no entanto, recompensou a audácia empresarial de Ilson Mateus e possibilitou a consolidação de outras bandeiras do varejo e do atacado na Região Metropolitana de São Luís.

O Mercadão Meneses, por outro lado, perdeu espaço para os concorrentes, que investiram em expansão, preços, infraestrutura e, sobretudo, no cuidado em satisfazer antigos e novos clientes.

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