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Aedes aegypti pode transmitir doença em animais domésticos

Uma doença silenciosa e pouco conhecida pode ser uma ameaça aos animais domésticos que viajam especialmente para regiões litorâneas, interior e em áreas com matas e lagos. É a dirofilariose, popularmente conhecida como “verme do coração”.

“A doença é transmitida em cães, com baixa incidência em gatos, por meio da picada de um mosquito infectado. Quando o mosquito pica um animal doente, passa o parasita para corrente sanguínea, que se aloja no cão por um tempo até seguir ao coração, onde crescem, levando alterações importantes no órgão, nas veias e artérias, causando até a morte”, explica Rodrigo Monteiro, professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Anhanguera de São Paulo.

Os mosquitos podem ser da mesma família da dengue e vivem em todo o litoral do Brasil, mas também são encontrados em regiões do interior. Esse é apenas um dos insetos transmissores. “Cidades do litoral de São Paulo como Bertioga, Peruíbe e São Sebastião, Guarujá, além de todo o estado do Rio de Janeiro e Nordeste são consideras áreas endêmicas, onde mais ocorre a transmissão”, conta o médico veterinário.

Sintomas

A doença é considerada silenciosa, pois dificilmente o animal demonstrará sinais clínicos após a picada. “Há estudos que afirmam que até 85% dos cães contaminados não apresentam sintomas até o estágio avançado da doença, ou seja, pode conviver com o verme durante anos sem apresentar qualquer sinal”, alerta Rodrigo.

Quando o verme atinge a idade adulta ele provoca nos cães dificuldade de respirar, cansaço, tosse e perda de peso, sintomas de insuficiência cardíaca, podendo levar a morte. “Assim que os sintomas forem observados é preciso buscar ajuda de um Médico Veterinário, que pedirá exames laboratoriais e de imagem para identificar o verme”, ressalta.

Tratamento

Como a doença geralmente já é diagnosticada em estágio avançado, o tratamento devido traz risco, uma vez que a morte dos vermes pode resultar em embolia pulmonar e morte.

Prevenção

Aos animais que vivem ou frequentam praias, represas, rios e lagos precisam ter cuidado redobrado. “A prevenção pode ser feita com uso de medicamentos de uso contínuo, tomados uma vez por mês”, explica.

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