Dos nove candidatos a prefeito de São Luís, seis possuem algum outro mandato e por enquanto dividem o tempo entre a campanha eleitoral e suas funções no executivo ou legislativo. A situação tem diminuído o ritmo daqueles que precisam conciliar a dupla jornada política. O Tribunal Superior Eleitoral permite que candidatos disputem eleição sem afastamento do cargo.

O caso mais extremo é o de Eliziane Gama (PPS). Como deputada federal, passou os dois últimos dias cumprindo agenda em Brasília, devido a votações e discussões importantes para o PPS. Além disso, especula-se que a candidata fora participar de reuniões relacionadas à campanha em São Luís.

Os vereadores Fábio Câmara (PMDB) e Rose Sales (PSB) também utilizaram do mesmo expediente e, por isso, estão esvaziando a Câmara de São Luís, assim como os outros 29 vereadores que buscam novo mandato. Por conta disso, desde o início da campanha eleitoral, sete sessões foram suspensas por falta de quórum.

Wellington do Curso (PP) adotou uma estratégia diferente. Até em razão da falta de apoio e militância nos bairros, preferiu manter o cargo de deputado estadual para aproveitar a visibilidade e tecer criticas ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT). Ele transformou a tribuna da Assembleia em um palanque eleitoreiro. Eduardo Braide (PMN) tomou uma posição diferente. Deputado estadual e candidato a prefeito da capital, pediu licença por 45 dias do cargo por motivos particulares e sem remuneração. Assim terá mais tempo para se dedicar exclusivamente a campanha.

O prefeito Edivaldo é o que melhor tem conseguido dividir o seu tempo entre administração de São Luís e os compromissos de campanha. Todo o dia participa de encontros com a comunidade e não deixa de cumprir expediente no Palácio de La Ravardière.

Tal quadro, no entanto, pode mudar a qualquer momento, porque não existe um prazo que os “candidatos com mandatos” possam pedir licença das funções, principalmente no segundo turno.